Atualmente o motor de combustão interna é uma das principais fontes de poluição urbana. De acordo com os valores publicados pela agência de proteção ambiental dos estados unidos (EPA), [1], os veículos de combustão interna (ICV) convencionais são atualmente responsáveis por 40-50% da destruição da camada do ozono e da emissão de 80-90% de monóxido carbono e de 50-60% das toxinas no ar encontradas em várias áreas urbanas.

     Para além da poluição do ar, outra desvantagem dos automóveis movidos por motores térmicos é o baixo rendimento do uso de combustíveis fósseis/motores, assim como a necessidade de recorrer aos mesmos (fontes de energia limitadas e de regeneração muito reduzida), estando assim os problemas do uso de motores térmicos associados a assuntos políticos económicos e ambientais.

     Estes factos têm proporcionado um incentivo em encontrar soluções alternativas nomeadamente uma propulsão elétrica para os automóveis.

     De acordo com [1], [2] e [3] o veículo elétrico foi inventado em 1834, sendo a sua produção explorada, até ao final do século 19, em países como a Grã-Bretanha, França e EUA. Devido às limitações associadas à capacidade das baterias, uma vez que houve um aumento da necessidade de maior autonomia dos veículos, provocada pela construção de estradas; associada ao desenvolvimento dos motores térmicos, levou ao desaparecimento dos veículos elétricos (EV) em 1930.

No início dos anos 70, alguns países, devido à crise energética, retomaram a exploração dos EV onde a questão principal era “Can EV do the job in our modern society?” [5].O desenvolvimento dos EV ao longo dos anos respondeu afirmativamente a esta questão. Veículos elétricos foram desenvolvidos desde os anos 90, conseguindo cumprir trajetos sem qualquer tipo de falhas elétricas de componentes críticos, provando desta forma que o EV consegue de facto desempenhar eficazmente a sua função, quando aplicado a automóveis de pequenas dimensões e que tenham que percorrer pequenas distâncias, devido às limitações impostas pelas baterias.

     Num mundo em que as preocupações com a proteção do ambiente e a conservação de energia têm vindo a crescer, a investigação e desenvolvimento de tecnologia associada aos EV tem tomado um passo acelerado para que se possa responder a estes problemas de forma eficiente.

     A nível ambiental os EV são livres de emissões podendo recorrer a uma fonte de energia amiga do ambiente como as energias renováveis, assim como usá-la de forma mais eficiente uma vez que a eficiência global dos EV comparada com a dos ICV é consideravelmente superior. Desta forma podemos concluir que os EV têm todo o potencial para poderem ter um grande impacto positivo na energia, no ambiente, no transporte, na promoção de alta tecnologia, criação de novas indústrias e desenvolvimento económico.